segunda-feira, março 20, 2006

Frida Kahlo

Frida Kahlo. Isso mesmo. Fui ver a exposição da pintora ao CCB. Agradou-me muito a oportunidade de observar a obra de uma autora deste nível de originalidade. Ficou-me a coragem de uma mulher que enfrentou o inferno, mas, acima de tudo, retive a transparência de uma dor sem limites, presente em cada risco, em cada pincelada. E só os pasteis de Belém e a companhia foram bálsamo numa tarde fria.

6 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia professor.
Realmente, os pasteis de Belém caem sempre bem, quer em tardes frias ou quentes... E ir a Belém e não provar os pasteis, é imperdoável...
Bom dia de trabalho.

Beijinho

Madalena

AnaCristina disse...

Sempre tive curiosidade em conhecer a pintora e o seu trabalho... mas é obvio que a cultura só chega até Lisboa! O interior pode perfeitamente ser esquecido...

plopes disse...

Madalena,
Sabe que aqueles pasteis de Belém funcionaram quase como o "ramalhete rubro de papoulas", de Cesário Verde - admito, muito menos impressionista.

Anacristina,
Pois tem você toda a razão. O que me diz correspondeu ao meu primeiro pensamento após o meu deslumbramento inicial. Sim, Almodôvar, Viseu ou Bragança passam bem sem cultura, não é? Que país este...

Anónimo disse...

Desculpar-me-ão a ousadia, mas não posso deixar de discordar das ideias defendidas pelos meus caros "anacristina" e "plopes". O interior do país tem cultura sim sr. Pelo menos tem grandes auditórios, confortáveis centros culturais e novíssimos Centros de Arte. No entanto, quem os conhece? Quem assiste? Quem sai de casa para ver o (permitam-me)espectacular "Rigoletto" de Verdi? Ou o "Lago dos Cisnes"? Ou tantos outros espectáculos que compõem as agendas culturais deste interior "ostracizado e desquecido"? Não se iludam... Experimentem um Tony Carreira ou um Quim Barreiros e verão que o pavilhão gimnodesportivo estará cheio!
Querem cultura aqui (no interior) para quem?

AnaCristina disse...

MInha querida Rita, eu frequento com alguma regularidade o Teatro garcia de Resende em Évora e nunca lá (ou noutro sítio qualquer) vi uma grande exposição daquelas que vão ao CCB. Tenho pena que ache que a rapaziada do interior só gosto de Tony Carreira... Mas também lhe digo, antes gostar de Tony Carreira e ir ao concerto dele no interior do que ficar em Lisboa e correr ao concerto do Toy ou assistir aos programas do Circo ao vivo...
Não desdenhe o interior nem acredite que cá não há quem goste de cultura.
Toda a gente gosta de saber mais desde que tenha HIPOTESE DE ESCOLHER o que quer conhecer!!

Anónimo disse...

Cara "anacristina",
Não tenha pena porque eu não acho que a "rapaziada do interior" só gosta de Tony Carreira. Se ainda não reparou eu também vivo numa cidade do interior que felizmente ainda tem vida cultural. Quando falei das enchentes que vêem o Tony Carreira foi para contrapor com o facto de, por exemplo, o recentíssimo Centro de Artes da "cidade mais alta" ter um cartaz cultural interessantíssimo e estar a ter um prejuizo muito avultado porque, simplesmente, as pessoas não vão, não aderem. Eu não desdenho do interior, porque conheco-o talvez melhor do que você imagina. E sei que cá também há quem goste de cultura. Poucos, muito poucos, mas há!