terça-feira, março 07, 2006

Entre ilhas

Talvez um dia alguém decida publicar este meu diário de que vos ofereço hoje um fragmento.


Domingo, 02/ 03/ 2003

Enfim, parece-me que regresso à ilha. Aquela ilha que um dia se apoderou de mim de uma maneira visceral; uma ilha com quem se luta uma batalha sempre perdida, gigantesca, acidentada.
Ainda em S. Miguel, de onde tantas vezes deixei este aeroporto, parece-me que recuo à fase de desorientação. Ir e vir. E sempre me faltando, neste cais e no outro, a âncora definitiva.
Volto ao isolamento das fajãs. De longe, já me aparecem tenebrosas no seu montanhoso feitio. Sempre a luta. Sempre a palavra por dizer, nunca encontrada naquele mar único, dolorido e sufocante.

13 comentários:

Anónimo disse...

Pois é amigo, espero sinceramente que possas publicar alguns dos teus trabalhos. Dos que vi reconheço valor e mérito, dignos de serem publicados.

Em relação às ilhas... ai as ilhas... só quem lá viveu é que sabe... Não se explica, não há palavras, sente-se simplesmente... No meio do constante stress dá-me sempre uma nostalgia e umas saudades, doces saudades... Recordo constantemente a última ilha, mas fizeste-me "voltar" à outra (a primeira). Também gostava de lá voltar... Os tempos mudam, as pessoas mudam, os objectivos mudam, os anos avançam... mas as recordações ficam...
Hei-de voltar... "Quem sabe um dia, outro dia, outra noite, outro luar..."

Anónimo disse...

Olá Professor Pedro.
Gostaria muito de ver publicado esse seu diário.Será sem duvida uma obra que irei adquirir.
De certo será uma leitura excelente. (Sem ironia, nem agora, nem nunca).

Madalena

Ivone Medeiros disse...

Adoro São Miguel .......
"Volto ao isolamento das fajãs", mas afinal onde andas-te? Quais Fajãs?

Anónimo disse...

Mourisca,
A tua primeira ilha permanece, para mim, como um Purgatório que tivesse ficado lá longe, entre o nevoeiro e as marés. Mas, como tudo é transitório, espera-se do Purgatório passagem para o Paraíso. Também lá hei-de voltar.

Anónimo disse...

Madalena,
Lamento que a tivesse entendido de uma forma errada. Decerto não teria acontecido, se eu a tivesse identificado. Sei que também gosta de escrever e, sinceramente, acho que deve continuar a fazê-lo - eu serei o seu principal crítico. Apareça...

Anónimo disse...

Olá Eva!
As fajãs a que me refiro são as verdadeiras, isto é, as de outra ilha onde elas são características e imensamente belas. Mas olhe que a do Calhau também não é feia.

AnaCristina disse...

Um dia visitarei essas famosas ilhas...

Anónimo disse...

Professor, faça lá um tempinho, escreva posts novos... Entro no Blog umas 10 vezes por dia e nada de novo... Falta de tempo não é??? Vida de professor!!!
Mas eu queixo-me do mesmo e não sou professora...
O tempo não passa, voa. E é assim, que sem nos darmos conta,vamos ficando de cabelos brancos e cara enrugada...
Um beijo
Madalena

Anónimo disse...

Fugi da luz do Sol, fugi dos teus olhos, fugi de ti...
Julguei que me cegavas com teu olhar,julguei que enlouquecia por tanto te querer...
Hoje estou só, nem te vejo, nem te sinto... e enlouqueci... de saudades!

plopes disse...

Ana Cristina,
Vá mesmo a essas ilhas e verá como se lhe encherá a alma.


Madalena,
Realmente não tenho tido muito tempo, mas brevemente aparecerão mais posts.
Beijo.


Anónima,
Hum... o seu problema parece grave. Experimente o blog murcon.blogspot.com
Acho que encontrará melhoras.

Anónimo disse...

PLopes, se me permite, prefiro ficar por aqui... (com todo o respeito pelo blog aconselhado)...
O meu problema não é grave, doi agora, mas vai passar...(espero eu), aliás, só tem que passar...

Beijo

Anónimo disse...

Anda tudo mal de amores neste blog? Mas isto não é um consultório on-line do Mestre Jambi!!!
Tragam coisas novas. Escrevam sobre a actualidade. O amor é antigo e os problemas que a ele estão associados mais ainda!
Viva o professor Pedro! Viva a escrita! Vivam os escribas de hoje!

Muitos beijos.
Lobinha (mais nova)

plopes disse...

Lobinha (mais nova) anónima,
Pois parece que há uma inclinação de um ou dois visitantes para falar de amor. Deixe lá, que eu não me importo. Neste blog, enquanto houver respeito, também haverá democracia. Um beijo