Fevereiro está a chegar ao fim e vem aí o Carnaval, altura para colocar ou remover as máscaras. Mas também é uma ocasião para fazer crítica social, segundo a tradição lusa. Sem dúvida que é a festa da carne; todos sabem que a seguir vem a Quaresma, período de jejum e abstinência e, portanto, há que tirar a barriga de miséria. O problema é que com as brasileirices que vão entrando nos nossos hábitos (aqui abstenho-me de falar das que são do foro linguístico), o Carnaval é já a verdadeira festa das carnes. Está visto que é um dia propício para as exibir, mas o mais ridículo é assistirmos aos abanões daquelas puras banhas portuguesas, que não dançam samba nem coisa nenhuma. Sim, dir-me-ão que essas também têm direito à exibição, mas respondam-me: é ou não de mau gosto uma salgadeira com pernas a tentar sambar? Bom Carnaval para todos!
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
"uma salgadeira com pernas a tentar sambar"... bela imagem da mulher portuguesa...a televisao virou talho!Atençao às carnes exportadas, ha por aí muito produto nacional de qualidade!
O carnaval para mim é uma palhaçada,diz um amigo meu:o bom foi para o Brasil,cá ficou o refugo. Concordo.
Ai Carina, você compreende-me! Pois, às vezes o produto exportado é o de melhor qualidade! Basta falar de muito boas carnes nacionais (D.O.P.) que só são comidas no estrangeiro!
O Carnaval já lá vai... Venha de lá poesia. Poesia à Pedro Lopes!!! Daquela que nos sacia a fome de palavras floridas e cristalinas, como gotas de chuva, que nos salpicam a alma e nos beijam o coração...
Escreva Sr. Professor, escreva...
Ah, ah! Você tem graça! Outrora a "fuga de cérebros", agora a "fuga das carnes"! Para quando o investimento no produto nacional?! Avisem-me...
Anónimo(a)(sobre a poesia),
Modere os seus intentos irónicos, ou modero-os eu.
Professor Pedro Lopes, lamento que tenha entendido as minhas palavras, como "intentos irónicos". Lamento tanto que ao ler o seu comentário não pude conter umas lágrimas teimosas que me rolaram no rosto, já para não falar do nó que me prende a garganta e me deixou simplesmente com um sentimento de tristeza imenso. Não era minha intenção ironizar, bem pelo contrário. Além de que ao escrever tal comentário,o Sr. Professor identificasse a autora. Peço as maiores desculpas e que fique bem claro que não ironizei a sua poesia, mas como sei que escreve bem e eu gosto de poesia, fiz o dito comentário, desejando ver aqui outra poesia sua.
Desculpe Professor.
Um beijo e até sempre.
Caríssima anónima (agora já sei que é uma mulher),
Continuo sem saber quem você é, simplesmente porque não é a única pessoa a correr o risco de escrever anonimamente no meu blog. Lamento se entendi mal o tom do seu comentário e lhe causei tristeza. Continue a participar neste espaço, mas assine de alguma forma os seus comentários - talvez se possam evitar alguns mal-entendidos. Até sempre!
Enviar um comentário