Às vezes a mão
é a lua do desejo
e os signos a frota para o imperceptível
entre pálpebras e virilhas
Dir-se-ia que o corpo
é outro corpo que se frui
com seus poros de silêncio
no seu marfim de concha verde
E o que se escreve aflora o corpo
o branco enxame de lava e mármore
no momento inaugural em que o horizonte
com sua quilha azul penetra as veias e os ossos
António Ramos Rosa, A intacta ferida
quinta-feira, junho 08, 2006
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1 comentário:
Vi-te de raspão na Covilhã.
Desculpa não ter dito nada mas ia com pressa. Abraço
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