Depois do que se ouviu nos media, no sábado, no domingo e hoje, acerca deste assunto, muito se poderia comentar; aliás, muito será dito nos próximos tempos. Tinha pensado escrever aqui longamente sobre este assunto, mas penso que umas poucas ideias são suficientes para apresentar o meu pensamento:
1-Se os pais vão decidir se eu progrido ou não na carreira, o que posso fazer para lhes agradar? Bajulá-los? Dar notas altas aos educandos? Hum...
2-Os pais vão assistir às minhas aulas? Tudo bem, já lá tive quase de tudo, mas que utilidade terá isso? Todos os pais têm competência para saber o que é uma aula? E não é preciso estarmos dentro de um processo para o avaliarmos? Então hei-de reconhecer idoneidade para avaliar o meu trabalho a qualquer borra-botas?
3-Não resisto: virá a ser mesmo legitimado que qualquer borra-botas possa decidir a minha vida? Então para que me serviu uma vida de estudo e de trabalho?
4-Já imaginaram um qualquer zé-ninguém (doente) a participar na avaliação dos médicos? Hum... E dos juizes?
5-A participação dos pais (ignorantes ou não, competentes ou não) na avaliação do meu trabalho quantos votos dará?