Na aldeia onde nasceu o pintor António Quadros (Santiago de Besteiros), terra de Monteiros Lopes, Vasconcelos, Teles de Menezes, Correias Teles e de outros nomes ilustres, há vários focos de contaminação ambiental. Quero referir-me aqui só àquela fábrica que todos nas redondezas conhecem como "fábrica da merda". É uma unidade industrial de transformação de estrume em adubo orgânico, o guano. Há muitos anos que ali se processam os excrementos provindos dos muitos aviários da região, os quais são amontoados ao ar livre, escorrendo pela encosta da Porqueira, afectando várias nascentes, em direcção ao Rio de Aguadalte. Quando digo que afecta as nascentes, não é sem razão: recentemente podia ver-se, na zona das Macieirinhas, uma "borra" imunda quase a chegar às caixas colectoras dessas nascentes. Dentro de pouco tempo, na povoação, algumas pessoas vão ter essa "borra", em vez da água, que ali era da melhor qualidade (são águas do Caramulo). Ainda posso falar do cheiro nauseabundo que se faz sentir ao longo de vários quilómetros quadrados, quando está calor. Nestas terras de Besteiros, berço de tanta gente afamada, parece que não há lei. Se houvesse, a "fábrica da merda" já estaria encerrada.
quinta-feira, abril 20, 2006
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1 comentário:
A lei existe, só que não é igual para todos. Cada um interpreta-a à sua maneira e de acordo com os "lobbys" a que está submisso. Se a "fabrica da merda" estivesse em Tondela ou noutra cidade central, com toda a certeza já estaria desactivada ou com um sistema de higienização à altura. Todavia, naquela aldeia, bem diz, de gente afamada, só existe lei para quem não a pode pagar. E quem deveria conviver com os odores nauseabundos que se espalham por toda a freguesia, faz olfacto grosso! Talvez lhe interesse que assim seja... afinal o "xor" presidente da Junta vive longe desse cenário deprimente. Qui-ça, por isso nunca tenha cheirado???
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