quinta-feira, abril 27, 2006

Esse Canadá...

Há tempos, toda a gente presenciou aquela gente lusa a ser enxotada do Canadá de qualquer maneira. Eram emigrantes ilegais? Não sei. Sei que nos anos sessenta esse respeitável país da Commonwealth importava levas intermináveis de gente ida de todo o lado, mesmo que se tratasse de pessoas com mais de cinquenta anos. Nessa altura, precisavam lá de todos: de facto, não queriam fazer determinados serviços, como construir edifícios ao frio, limpar latrinas, varrer ruas, entre outros. Muitos dos filhos dos emigrantes que foram para lá nessa altura actualmente fazem o que os pais então faziam. Por isso, agora, os canadianos não precisam de mais ninguém - há que mandar embora os ilegais.
Hoje, lembrei-me novamente desta polémica, quando um noticiário da RTP passou parte de uma série que está a ser exibida no Canadá, na qual, através de um mau gosto sem limites, os portugueses eram ofensivamente ridicularizados. Não sei se a imagem que os nossos conterrâneos têm naquele país é aquela, mas desconfio bem que não, o que me leva a pensar que aquilo é um gratuito ataque muito baixo. Quem já leu Tortilla Flat, de Steinbeck, lembra-se de Big Joe Portugee, personagem sem carácter, sempre embriagado, que o autor descreveu como o típico emigrante português na Califórnia. Estou a tentar decidir quem é mais parvo, se o falecido Steinbeck ou os canadianos...

segunda-feira, abril 24, 2006

II Mercado Medieval

Não foram ao II Mercado Medieval de Almodôvar? Pois não sabem o que perderam!

quinta-feira, abril 20, 2006

Poluição

Na aldeia onde nasceu o pintor António Quadros (Santiago de Besteiros), terra de Monteiros Lopes, Vasconcelos, Teles de Menezes, Correias Teles e de outros nomes ilustres, há vários focos de contaminação ambiental. Quero referir-me aqui só àquela fábrica que todos nas redondezas conhecem como "fábrica da merda". É uma unidade industrial de transformação de estrume em adubo orgânico, o guano. Há muitos anos que ali se processam os excrementos provindos dos muitos aviários da região, os quais são amontoados ao ar livre, escorrendo pela encosta da Porqueira, afectando várias nascentes, em direcção ao Rio de Aguadalte. Quando digo que afecta as nascentes, não é sem razão: recentemente podia ver-se, na zona das Macieirinhas, uma "borra" imunda quase a chegar às caixas colectoras dessas nascentes. Dentro de pouco tempo, na povoação, algumas pessoas vão ter essa "borra", em vez da água, que ali era da melhor qualidade (são águas do Caramulo). Ainda posso falar do cheiro nauseabundo que se faz sentir ao longo de vários quilómetros quadrados, quando está calor. Nestas terras de Besteiros, berço de tanta gente afamada, parece que não há lei. Se houvesse, a "fábrica da merda" já estaria encerrada.

terça-feira, abril 18, 2006

Coisas da TVI

Infelizmente faleceu uma pessoa, que, por acaso, era jovem. Sempre nos choca a morte que consideramos prematura, como se a morte precisasse de amadurecer. Neste caso, não é o "passamento" de alguém o que está em causa, mas sim o mediatismo que do acontecimento se fez. O facto é este: o referido jovem era um dos actores daquela "coisa" que a TVI transmite denominada Morangos com Açúcar - talvez por isso essa televisão tenha transmitido, hoje à tarde, em directo, as suas cerimónias fúnebres. Uma série de perguntas ocorreu-me logo: se o falecido pudesse ver, o que pensaria?; o que sentirá a família (autorizou?/não autorizou a transmissão?) neste momento íntimo?; que traumas ficarão nos miúdos seguidores da série que assistiram aos rituais?; enfim... Só vi um pouco dessa transmissão, mas lembrei-me de um circo idêntico que a TVI fez por ocasião da tragédia de Entre-os-rios. O que faltará ainda mostrar para aumentar os níveis de audiências?

quarta-feira, abril 12, 2006

Páscoa

Mais uma Semana Santa. Desejo a todos uma super Páscoa!

segunda-feira, abril 03, 2006

Couves & Alforrecas II

Segundo João Pedro George, Margarida Rebelo Pinto copiou parágrafos inteiros, páginas inteiras de outras obras suas já publicadas. Hum... Por que razão um autor há-de fazer plágio tão descarado da própria obra?