Comemoramos este ano o centenário do nascimento de B. (Dublin 1906 - Paris 1989), autor que, mesmo dispensando apresentações, em todo o caso sempre me suscita alguns pensamentos.
Li, há dias, dois pequenos textos do escritor: "Primeiro Amor" e "Companhia", obras de fases diferentes da sua produção. Sobre a primeiro, nada a dizer, excepto que nele se nota a mestria própria do autor (por agora, características à parte), mas, acerca do segundo, ocorre-me algo inquietante: parece um texto de um principiante, com os seus lugares-comuns e as suas obscuridades (faltas de sentido e de unidade, principalmente). A esta hora, B. deve estar a dar voltas no caixão - espero que não. Enfim, "Companhia" não parece criação de Beckett, pelo menos daquele que inventou À Espera de Godot ou Dias Felizes.
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