Francisco José Viegas escreveu um conto que era inédito até a Visão o ter tornado público, em Agosto. "A poeira que cai sobre a terra" é o título deste textozinho, que era oferecido em forma de livro.
Ao todo, a Visão ofereceu quatro volumes com quatro contos inéditos de FJV, daquele que pensa que é escritor, o Graça Moura, do Jacinto Lucas Pires e de um rapazote que suja sempre uma das páginas do JL, o José Luís Peixoto.
Bom, com esta má língua toda já pareço o das Couves e Alforrecas, lembram-se?, sim, esse grande hortelão metido a crítico literário (que falta tem feito a pena mordaz do Luíz Pacheco para pôr na ordem esses nabos...). Ora bem, li o tal conto de FJV, mas achei-o demasiado confuso, enfeitado, cheio como uma goela atafulhada. Acho que não está bem organizado, na medida em que há hiatos demasiado grandes entre cada um dos seus "andamentos", ou seja, entre as partes da história abrem-se grandes momentos que são preenchidos com pormenores nem sempre necessários à trama. O exagero, essa mania omnipresente dos escritores portugueses, às vezes estraga tudo.
Um dia destes, hei-de falar-vos daquele romence de FJV, Longe de Manaus, mas também de Beckett, ah, sim, e do namorado da Lurdinhas (ai não sabiam que ela tem um namoradinho?) Digamos com o outro: «Eia c'um catano!».